sexta-feira, 25 de julho de 2014

Praia da Amália

Amália descobriu-a, Amália utilizou-a, Amália amou-a, Amália teve bom gosto!


É um local que roça entre o selvagem e o esotérico, é um lugar especial, não é fácil chegar, não é fácil encontrar, não é fácil estar…
 A praia fica entre S. Teotónio e Odeceixe, na Estrada Nacional 120 sentido S. Teotónio-Odeceixe, vira na direcção Azenha do Mar/ Parque de Campismo segue em frente até o lugar de Brejão, aqui segue a placa Azenha do Mar/ casa da Asseiceira e é só seguir em frente até encontrar a placa de um malmequer (ter atenção até encontrar o mesmo). Quando encontrar vira para o caminho de terra batida, eu tive dúvidas e perguntei a uns trabalhadores agrícolas que ali estavam, uma multiculturalidade perante os meus olhos, alentejanos, brasileiros e malta do Leste europeu, todos muito muito simpáticos e atenciosos, chegaram a desligar o camião de rega só para eu passar. O caminho não é fácil é de terra batida, mas devagar dá para chegar lá, e vamos encontrando muitas estufas. Quando chegar ao fim da estrada encontrará uma quinta que era onde Amália passava férias. Estacione. Do seu lado esquerdo frente para a quinta onde termina o muro da mesma, aí começa o caminho a pé para a praia, vai-se sentir um Indiana Jones, não é fácil, cheio de mato, silvas e lamacento (ficam aqui umas fotos do mesmo). E voilá… chegou ao paraíso. 
Uma praia com um agreste suave, isolada, não tem exploração comercial de verão, não tem nadadores salvadores, nem sei se tem recolha de lixo. Não é um lugar fácil de estar, lá encontramo-nos sozinhos com um silencio ensurdecedor, um silêncio estranho, um silêncio que não estamos habituados, um silêncio difícil e doce é o “silêncio da Natureza” o silêncio das ondas, do vento, do bater das asas das gaivotas. Lá se ouve o silêncio da natureza e o sussurrar da Alma. Há que experienciar nesta praia um momento sozinho, só você e a praia, sem aquelas multidões de pessoas, sem a música do vizinho do chapéu de praia, sem os seus pequenos arruaceiros, permita um tempo para si, só seu. 
O que encontrei neste sítio foi beleza intacta, foi silêncio, foi tempo, foi solidão. Foi retemperar corpo e espírito. Jamais esquecerei esta praia e quem lá foi jamais a esqueceu...